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sábado, 30 de maio de 2015

A Lei do Pecado e a Lei do Espírito


Este é um texto que confunde a muitos quanto a Lei do Eterno.Muitos entendem que Paulo está tratando somente da Lei dada no Sinai, será?
Os dois primeiros versículos falam de 2 leis: a lei do Espirito que é para vida a lei do pecado que é para morte.
Rm. 8:2  Porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte.
A Lei do pecado a uma legislação do pecado, ou seja, o pecado dizia o que fazer e como se conduzir e assim obedecíamos a essa lei, mas agora a Lei do Espírito nos isentou da lei do pecado. No Messias o Espírito diz o que deve ser feito, em Jesus andamos na Lei do Espírito e não mais na Lei do pecado.
A palavra “carne” nesse texto é “sarx” e se refere ao desejo de pecar. Portanto, não andamos mais segundo o nosso desejo de pecar.
E como veremos mais a frente neste livro, o pecado é “chata” em hebraico que tem o sentido de errar o alvo ou objetivo, ou seja, é um desvio da Lei, pois Lei (Torah) é acertar o alvo. Bom, é algo lógico, a lei do pecado é a transgressão da Lei (Torah), enquanto a Lei do Espírito é a obediência a Lei (torah).
No verso 3 nos fala da Lei, dos mandamentos da Lei, do código legal de Deus revelado no Sinai.
Rm. 8:3  Porquanto o que era impossível à lei, visto como estava enferma pela carne, Deus, enviando o seu Filho em semelhança da carne do pecado, pelo pecado condenou o pecado na carne;
Esta lei estava enferma. Enferma quer dizer que ela estava debilitada, incapacitada de cumprir sua função na vida do homem, e isto devido a lei do pecado (desobediência/transgressão) que habita na carne do homem, não porque a Lei é incapaz ou imperfeita, porque Deus não faz nada imperfeitamente. O homem não podia cumprir totalmente a justiça da Lei, pois andava em seu desejo pecaminoso, ele era conduzido pela lei do pecado ( não na Lei do Eterno que é Espírito de vida). E nisto, então, o Pai enviou seu Filho em humanidade, e por não ter cedido a lei da carne, por não ter cedido ao desejo de pecar, e por não ter nada transgredido a Lei do seu Pai, então condenou o pecado, venceu a transgressão da Lei. Jesus condenou pelo fato de ter vencido a natureza caída e não ter pecado, e isto anulou o poder do pecado sobre o homem.
É interessante nota em Isaías 53, que Jesus levou sobre si nossas enfermidades, ou seja, esta enfermidade da carne, do desejo de pecar, da natureza pecaminosa, a natureza desobediente a Lei do Eterno. Toda esta enfermidade da desobediência que tornou o homem debilitado fazendo assim com que a Lei de Deus não exercesse bem sua função, esta enfermidade foi removida pelo Filho. O Filho foi moído pelas nossas iniqüidades, e iniqüidade no seu contexto original significa ausência da Lei, transgressão da Lei. Portanto, Jesus levou sobre si o castigo do não cumprimento da Lei, fazendo assim com que a justiça da Lei se cumprisse em nós, os que não andam segundo o desejo de pecar, mas segundo o desejo de viver.
  
 Is. 56:4-6   Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido.
5.Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.
6.Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho; mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos.

De modo algum a Lei está sendo removida, mas está sendo reabilitada, sarada de toda enfermidade.
Paulo não se contradiz, pois no capítulo anterior no verso 12, ele fala que a lei é boa, e  o mandamento, santo, justo e bom.
Todos os capítulos anteriores de Romanos, Paulo esta voltado para a natureza pecaminosa do homem, o pecado que habita na carne do homem, isto sim que é mal, e que faz a Lei de Deus parecer mal é algo obvio, se eu sou uma pessoa que gosto de velocidade, que gosta de andar de carro em alta velocidade, é lógico que a lei de trânsito que estabelece a velocidade permitida nas ruas ou nas estrada, esta lei não será do meu agrado, parecerá mal aos meus olhos.
Vejamos que Paulo em Rm 7:10 diz que “ o mandamento que era para Vida, Achei eu que era para a morte” . Porque como ele diz no verso 7, a Lei mostra o pecado, a lei faz conhecer o pecado que há em mim. Eu não conheceria a cobiça, se a Lei não me dissesse “não cobiçaras”. Então, este pecado fez com que ele achasse que esse mandamento bom do Senhor fosse mal.

Rm 7:10-12   E o mandamento que era para vida, achei eu que me era para morte.
11.Porque o pecado, tomando ocasião pelo mandamento, me enganou, e por ele me matou.
12.E assim a lei é santa, e o mandamento santo, justo e bom.
Paulo também fala em Rm. 7:22,23 que seu homem interior tem prazer na lei de Deus, mas há uma outra lei, a qual não é a lei do Eterno, que habita no seu corpo e prende ao pecado. E esta lei dificulta o comprimento da lei do Senhor. Paulo continua no verso 24 indagando quem o poderia livrar desta lei do pecado (corpo desta morte)? Ele responde, dizendo que Jesus assim o poderia.
Então, continuamos com o capítulo 8 entendendo um pouco mais do que Paulo está se referindo, ou seja, o andar na carne é um andar fora da lei do Senhor (Rm.8:7), que o andar na carne é morte, pois o salário do pecado é a morte, em contra partida o andar no Espírito é vida e paz. E como sabemos, em Lv.18:5, o Senhor diz que o homem viverá ao cumprir seus mandamentos.
Paulo está relacionando o andar na carne e no espírito com aquilo em que ele fala em Gálatas 5.

Gl.5:16-24   Digo, porém: Andai em Espírito, e não cumprireis a concupiscência da carne.
17.Porque a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes opõem-se um ao outro, para que não façais o que quereis.
18.Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais debaixo da lei.19.Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: adultério, prostituição, impureza, lascívia,20.Idolatria, feitiçaria, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias,21.Invejas, homicídios, bebedices, glutonarias, e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o reino de Deus.
22.Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.
23.Contra estas coisas não há lei.
24.E os que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências.
Podemos entender que Paulo diz que aqueles que são guiados pelo Espírito não estão debaixo da lei, mas que lei ele detalha no verso seguinte? A lei da carne , ou seja, a lei do pecado, que são: prostituição,lascívia, e assim por diante. Ele segue falando de outra lei, daqueles que andam no Espírito, e por fim ele diz que contra essas coisas não há lei. E por que ele diz isso? É simples, porque não há nada na lei do Senhor que seja contra alegria, paz, amor, pelo contrario, a Lei são estas coisas.
Paulo, no verso 4, falaa que os filhos de Deus,aqueles que são participantes da natureza de Deus, isto é aqueles que não participam da natureza do pecado e não estão mais debaixo da lei do pecado, e que morreram com Cristo e foram vivificados juntamente com Ele, estes são guiados pelo Espírito. Estes são guiados em toda a verdade, segundo o relato de Jo 16:13, e por conseqüência se tornam filhos, pois como filhos, os filhos participam da mesma natureza do Pai.
O texto segue com Paulo falando de um padecer com Cristo e uma glorificação com Ele (Rm. 8:17). Paulo também fala sobre as aflições deste mundo, as quais se comparam com a gloria que há de ser revelada em nós e para nós. (Rm 8.18).
Podemos notar que o padecer com Cristo significa as aflições do presente, enquanto a glorificação com Cristo indica a gloria revelada futuramente. Aqui, vemos que Paulo começa a entrar em uma questão de tempo, pois ele fala “neste tempo presente” isto mostra que há um tempo futuro em que algo mais perfeito será revelado.
Percebe-se, que uma palavra bastante usada nos versos que se segue é a “esperança”, e esta palavra indica futuro
È esperado a manifestação e a liberdade da glória dos filhos de Deus. Vimos a pouco que os filhos de Deus são guiados pelo Espírito e dentro da Lei do Espírito, gerando frutos que são do Espírito, os quais a Lei é a favor não contra. E a natureza de Deus é revelada nestes filhos, e não vivem mais a natureza da carne pecaminosa.
Mas o texto dá a entender que estamos padecendo com Cristo e que o ainda corpo sofre com o pecado.e há uma esperança de que o corpo ainda não padeça mais com o pecado. E a criação e nós segundo Paulo, gememos esperando a redenção do corpo, isto é, o resgate completo do corpo mortal. E então a salvação será completa, pois o verso 24 nos diz que em esperança somos salvos, e que esperamos o que não vemos, ou seja, ainda não somos salvos completamente, falta a redenção do nosso corpo, falta a glorificação do nosso corpo. Da mesma forma que Jesus teve seu corpo glorificado.
Mas sobre toda esta questão, temos um ajudador, um consolador, que segundo o sentido desta palavra é alguém que chama para o lado. Sendo assim o Espírito chama para o lado e nos ajuda a orarmos de acordo com a vontade de Deus e este mesmo Espírito intercede por nós com suspiros que não se expressam em palavras. É ele que se ajunta a nós em intercessão e Jesus que examina os corações e sabe qual a intenção do Espírito, isto é, sabe que os gemidos do Espírito quer dizer, e desta forma ele intercede ao Pai e segundo a vontade do Pai pelos santos.
E todas estas coisas sofridas na carne, cooperam para o nosso bem, pois nos aperfeiçoam até chegarmos a imagem do Filho perfeito (Jesus), o primogênito dentre muitos. E assim chegaremos a glorificação como foi com o Primogênito.
Precisamos entender que o corpo em si não é ruim, mas sim o pecado que nele habita, e que a glorificação do corpo diz respeito completo a saída completa da natureza pecaminosa. Jesus após sua morte permaneceu com o seu corpo, até porque Tomé pode ver suas chagas, mas a questão é que esse corpo estava glorificado e não mais com o desejo de pecar, ou seja, a natureza caída de Adão.
Ainda sofremos com a corrupção da carne, ainda o pecado sempre se apresenta diante de nós como disse Davi (Sl.51:3), porém, como está escrito em 1 Co.15:42;50, teremos um corpo incorruptível no reino vindouro do Eterno.
Então, de tudo isso que Paulo falou neste capítulo 8, podemos perceber que ele, a criação e nós gememos pelo dia em que esse corpo não sofrera mais co a lei do pecado, da desobediência e a transgressão da Lei de Deus, mas será transformado em glória para habitar em um Reino incorruptível (Fp.3:20;21). E para este tempo presente de aflições temos o Consolado, a saber, o Espírito que geme conosco e transmite esta intercessão a Jesus que por sua vez intercede pelos santos segundo a vontade do Pai.
Fp. 3:20;21    Mas a nossa cidade está nos céus, de onde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo,
21.Que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas.

sexta-feira, 29 de maio de 2015

Paulo e as "Obras da Lei"


Em algumas ocasiões nos escritos da Nova Aliança o apóstolo Paulo utiliza a expressão “obras da lei” (carta aos Romanos cap. 03 e aos Gálatas cap. 02 e 03). Em todas essas citações a expressão é usada negativamente, sendo algo a ser evitado por todo servo verdadeiro de Deus através de Jesus. Porém, a má interpretação e a descontextualização dos textos paulinos onde essa expressão é mencionada, gerou e tem gerado nos meios teológicos cristãos (e também judaicos) um falso conceito que Paulo era contrário à Lei (Toráh) e a sua obediência. Tal conceito errôneo gerou na teologia cristã uma pré-concepção ANTINOMISTA (anti-Lei ou anti-Torá) e também ANTISSEMITA, onde todos os textos neo-testamentários são interpretados partindo-se desse pressuposto. Não só isso, mas o meio judaico tradicional aceitou do cristianismo a percepção e interpretação do fariseu Paulo, gerando também no judaísmo o falso conceito que Paulo foi contra a Lei (Toráh) e a guarda dos mandamentos. Além disso, uma grande confusão surge quando confrontamos a interpretação cristã clássica de Paulo em relação à Lei de Moisés, com alguns de seus ensinamentos sobre a Lei, tais como Rm 7:12-14, e outros. Como ele pode dizer que a Lei é santa, espiritual e boa, e em outras passagens se referir a ela como “maldição”? Teria ele se rebelado contra seu mestre e salvador Jesus, ao afirmar que a lei foi abolida? (Pois Jesus foi claro ao afirmar que: “não vim ABOLIR a Lei ou os profetas. Vim torná-los plenos! – Mt 5:17). Teria sido o apóstolo Paulo acometido por algum tipo de esquizofrenia ou bipolaridade? Certamente que não! O problema não está em Paulo, mas sim, na forma de se LER Paulo.

A expressão “Obras da Lei” é mais antiga do que o próprio Paulo. Ela já foi utilizada pela comunidade de Qumran quase dois séculos antes de Cristo, como atestam os pergaminhos do Mar Morto descobertos no século passado. Em um dos rolos temos o título “Mikssát Maassêi ha Torá“, ou  “As importantes obras da Lei”. Devido a este nome, esse pergaminho é simplesmente conhecido como “MMT ou 4QMMT”. Nele, há mais de 20 regras sobre purificação, incluindo citações de mandamentos da Lei (Toráh) e principalmente INTERPRETAÇÕES e COMPLEMENTOS de tais mandamentos Mosaicos. Há também regras que excluíam as oferendas dos gentios e os próprios gentios de participarem das atividades do Templo em Jerusalém. O estudo deste documento trouxe grande luz à interpretação do Apóstolo Paulo e seu posicionamento em relação à Torah ou Lei de Moisés.

Fragmento do pergaminho 4QMMT, também chamado de “Importantes Obras da Lei” – Qumran – Israel, séc. II a.C.


Baseados no testemunho do próprio Paulo e em alguns de seus discursos de defesa sabemos que ele não era contra os mandamentos da Lei (Toráh). Os próprios apóstolos, em Jerusalém, dão um testemunho sólido e irrefutável da conduta de Paulo em relação à Lei de Moisés: “…e saberão todos que não é verdade o que se diz a teu respeito (que pregas contra a Lei) e que, pelo contrário, andas também, tu mesmo, GUARDANDO a lei.”(At 21:24). Já que Paulo não era contra a Lei (Torah), como ele poderia ser contra as “Obras da Lei (Torah)? Bem, com a leitura do antigo documento judaico da seita do Mar Morto e interpretando os ensinos de Paulo em seu contexto original, concluímos que Paulo não era contra a Lei (Torah) ou a obediência a ela, mas sim, contra as INTERPOLAÇÕES E INTERPRETAÇÕES legalísticas que eram contrários à própria Lei (os quais são descritos no documento “Mikssat Maassêi ha Torá“). Ao usar a expressão “Obras da Lei”, Paulo refere-se a uma ideologia muito comum entre judeus e gentios simpatizantes do judaísmo, a saber, que a simples obediência ao mandamento justificaria o praticante perante Deus. Isso é também chamado de “legalismo”. O legalismo é a desobediência a Deus utilizando-se para isso a própria Lei (Torah).
A guarda do mandamento, sem a Fé e o coração circunciso, não beneficia em nada ao homem. Pelo contrário, afasta o homem de Deus ao passar a falsa idéia que a simples guarda do mandamento (sem a correta intenção do coração e fé) justifica o praticante. Esse é o conteúdo da exortação divina através do profeta Isaías:
“De que me serve a mim a multidão de vossos sacrifícios? — diz o SENHOR. Estou farto dos holocaustos de carneiros e da gordura de animais cevados e não me agrado do sangue de novilhos, nem de cordeiros, nem de bodes. (…) Não continueis a trazer ofertas vãs; o incenso é para mim abominação, e também as Festas da Lua Nova, os sábados, e a convocação das congregações; não posso suportar INIQUIDADE associada ao ajuntamento solene. (…) Pelo que, quando estendeis as mãos, escondo de vós os olhos; sim, quando multiplicais as vossas orações, não as ouço, porque as vossas mãos estão cheias de sangue. Lavai-vos, purificai-vos, tirai a maldade de vossos atos de diante dos meus olhos; cessai de fazer o mal. Aprendei a fazer o bem; atendei à justiça, repreendei ao opressor; defendei o direito do órfão, pleiteai a causa das viúvas.” (Is 1:11-17).
Nota-se que Deus não está sendo contrário a tais mandamentos, pois Ele mesmo os deu ao povo como ESTATUTO PERPÉTUO, sendo mandamentos para a VIDA. (Dt 30:19-20). Porém, apenas a prática de tais preceitos sem a busca por um coração circuncidado e com sede de justiça, faz com que tal obediência não seja recebida por Deus. Na verdade, tal prática é prejudicial ao homem. É isso que o próprio Paulo quer dizer quando usa a expressão “LETRA”, referindo-se à cega obediência da Lei (Torah) sem um estado interior e exterior  condizentes: ”… o qual nos habilitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata, mas o espírito vivifica”. (2 Co 3:6). Assim, contrariando a interpretação normativa cristã dessa passagem, Paulo não estava atestando que a Lei (Torah “mata”) (pois estaria condenando a si mesmo), mas sim, que a FORMA como a Lei (Torah) é guardada e interpretada é que pode roubar a vida do homem.
Portanto, a mesma Torah (Lei) que é benção para uns, pode ser maldição para outros:  “E o mandamento que me fora para vida, verifiquei que este mesmo se me tornou para morte” (Rm 7:10). Paulo aqui atesta que já fora escravo da LETRA e das “OBRAS DA LEI”, pois sua busca pela pureza da religião e zelo pelas tradições endureceram-lhe e cegaram-lhe o coração, impedindo-o discernir o Messias contido na própria Lei (Torah). Na verdade, a aceitação ou não da obediência do homem em relação à Lei de Deus dependerá da fé e do estado do coração do ofertante (Rm 2:28-29). A fé SEMPRE DEVE VIR ANTES do mandamento, e não o contrário (Rm 4:9-15). É como eu sempre digo: “Não obedeço para ser SALVO, obedeço pois SOU salvo.” Essa frase expressa o contraste de MOTIVAÇÃO ao se obedecer a Deus.
No pergaminho MMT do Mar Morto, são ordenados exclusivamente os mandamentos e interpretações de mandamentos sem nenhuma ênfase à mudança de atitude ou de um coração correto diante de Deus. Além disso, são declaradas ordenanças (dogmas) que humilhavam os gentios e os afastavam do templo (como o tal ‘muro da separação’ que Paulo se refere em Ef 2:14). A essa “falsa obediência” e aos dogmas que afastavam os gentios do Reino de Deus, Paulo deu o nome de “OBRAS DA LEI” ou simplesmente “LETRA”.
Paulo não poderia ser contra a obediência a Lei (Torah), pois usou seu próprio testemunho para atestar o contrário (At 24:14, 25:8). Ele também atesta que a Lei é espiritual e boa, e o mandamento, santo, justo e bom (Rm 7:12-14). Não é a Lei (Torah) o problema, mas sim, o LUGAR onde a mesma está escrita. Na chamada NOVA ALIANÇA, Deus utiliza a obra de Seu ungido para escrever a LEI (Torah) no coração do Seu povo (Jr 31:31). Assim, todo servo do Deus de Israel e discípulo de Jesus deve fazer a si mesmo a seguinte pergunta: Onde está a Lei de Deus na minha vida? Ou ela ainda está em pedras, longe e externa à minha natureza, ou está escrita em meu coração, sendo parte da minha natureza. Quem tem ouvidos… ouça!


domingo, 24 de maio de 2015

Textos com erros de tradução do "NT" 2ª Parte

A Palavra do Eterno não tem contradições. Mas a maioria das bíblias que temos hoje sim:
1- na genealogia do Messias em Mateus 1:6 lê-se que Davi gerou a Salomão; mas em Lucas 3:31 o filho de Davi é Natã. Qual é o correto e o alterado?

2- Em Mateus 27:9 lê-se sobre a profecia do valor pela traição contra o Messias: 30 moedas de prata. Esta passagem refere-se a uma profecia dita por Jeremias, mas na verdade quem profetizou sobre isto foi ZACARIAS (Zc.11:12,13). Qual é o correto e o alterado?

3- TRADUÇÕES DO GREGO TENDENCIOSAS - em Romanos 10:4, o termo "fim"substituiu o termo "finalidade"(propósito, alvo) do grego "teloes", para difundir a idéia de que a Lei acabou.
O mesmo termo "fim" é usado em 1 Pedro 1:9, no grego está também "teloes",indicando que a finalidade da fé é a salvação e não "o fim da fé é a salvação" (leia e entenda);

Em Apocalipse 22:14 o termo "lavam as suas vestiduras no sangue do Cordeiro" NÃO EXISTE NO GREGO, NEM NO HEBRAICO E NEM NO ARAMAICO!
O termo traduzido corretamente é "guardam os seus mandamentos" (você pode conferir na Bíblia de Estudo das Profecias).

No texto de Atos 20:7, a expressão “PRIMEIRO DIA DA SEMANA”, que está na maioria das bíblias, SUBSTITUIU A EXPRESSÃO VERDADEIRA DOS ORIGINAIS, A QUAL É: “E no Motzaei Shabat, (PÔR-DO-SOL DO SÁBADO) ajuntando-se os discípulos para partir o pão, Paulo, que havia de partir no dia seguinte, falava com eles; e prolongou a prática até à meia-noite.”
Isto aconteceu para difundir a idéia de que o Sábado (SÁBADO DO SENHOR, O 7º DIA), foi substituído pelo domingo de Constantino (PAGANISMO).

As três testemunhas de I João 5:7-8.
(Comma Joanina)
I. Definição
Os comentaristas católicos, apreciadores da terminologia latina, denominaram de Comma Johanneum o inciso ou interpolação, que aparece em 1 João 5:7-8, mas que a Crítica Textual, através de notáveis comentaristas e insignes exegetas têm provado que não são de autoria do apóstolo João.
Estas palavras acrescidas ao texto sagrado são também denominadas de – "as três testemunhas celestiais”.
II. O Texto
I João 5:7 e 8 aparece assim no original:
7. oti treis eisin oi martirountes
8. to pneuma kai to udwr kai to`` aima kai`` oi`` treis eis en eisin
“Hoti treis eisin hoi martirountes”, “to pneuma kái to hidor kaito haima, kai hoi treis eis heneisin”.
Sua tradução literal seria:
“Porque três são os que testificam: o espírito, a água e o sangue e os três para um são”.
Algumas traduções da Bíblia trazem um acréscimo a este texto, que tem sido denominado – "as três testemunhas celestiais", por aparecer da seguinte maneira: "no céu: o Pai, a Palavra e Espírito Santo; e estes três são um. E três são os que testificam na terra”.

Por isso, a Almeida antiga rezava assim: "Porque três são os que testificam [no céu o Pai, a Palavra e o Espírito Santo; e estes três são um. E três são os que testificam na terra] – o espírito, e a água e o sangue; e estes três concordam num".
Traduções modernas fiéis ao original não consignam as palavras, que aparecem entre parênteses na citação acima.
"Pois há três que dão testemunho: o Espírito, a água e o sangue, e os três são unânimes num só propósito”. – Almeida Edição Revista e Atualizada no Brasil.
"Há três testemunhas: o Espírito, a água e o sangue. E os três estão de pleno acordo”.– A Bíblia na Linguagem de Hoje.

A Bíblia de Jerusalém assim traduz:
"Porque três são os que testemunham: o Espírito, a água e o sangue e os três tendem ao mesmo fim."
Com as seguintes notas explicativas:
O texto dos vv. 7-8 está acrescido na Vulgata de um inciso ausente nos antigos manuscritos gregos, nas antigas versões e nos melhores manuscritos da Vulgata, e que parece ser uma glosa marginal introduzida posteriormente no texto.
Os três testemunhos convergem. O sangue e a água se unem ao Espírito (I João 2:20, 27; João 3:5; 4:1) para testemunhar (conf. João 3: 11) em favor da missão do Filho que dá a vida (I João 5:11; João 3:15).
III. O Problema
Embora a passagem tenha suscitado polêmicas e tenha sugerido longas discussões, aqui se encontra o essencial para nossa orientação.
O SDABC, Vol. 7, pág. 675 tem o seguinte comentário sobre este problema:
"A evidência textual atesta a omissão da passagem 'no céu, o Pai, o Verbo, e o Espírito Santo: e estes três são um. E três são os que dão testemunhos na terra. . .' A passagem tal como aparece na KJV não se encontra em nenhum manuscrito grego anterior aos séculos XV e XVI, As palavras controvertidas acharam seu caminho para a KJV através do texto grego de Erasmo. Diz-se que Erasmo se ofereceu para incluir as palavras duvidosas em seu Testamento Grego se lhe mostrassem um manuscrito que as contivesse. Uma biblioteca em Dublin produziu tal manuscrito (conhecido como 34) e Erasmo incluiu a passagem em seu texto. Crê-se agora que as edições posteriores da Vulgata adquiriram a passagem por erro de um copista, que inseriu um comentário exegético marginal, no texto bíblico que estava copiando. As palavras em questão têm sido amplamente usadas em defesa da doutrina da Trindade, mas em virtude de tal evidência esmagadora contra sua autenticidade, elas não devem ser usadas com este objetivo."

Bruce Metzger em seu livro – The Text of the New Testament, págs. 101 e 102 nos esclarece mais:
"Erasmo ao publicar o Novo Testamento Grego, em 1516, foi criticado pelos defensores do Cardeal Ximenes, por não haver colocado estas palavras no seu trabalho. Erasmo replicou que não tinha achado qualquer manuscrito grego contendo estas palavras, E descuidadamente prometeu que inseriria a Comma Joanina, como era chamada, em futuras edições se um único manuscrito grego pudesse ser achado que a contivesse. Esta cópia lhe foi apresentada. Segundo os estudiosos, parece que este manuscrito grego foi escrito, em 1520, por um frade franciscano chamado Froy, que tirou estas palavras da Vulgata Latina. Erasmo cumpriu a promessa e colocou estas palavras em sua terceira edição (1522), mas em longa nota ao pé da página explicou sua suspeita de que o manuscrito tinha sido preparado para o confundir".

Como Sabemos Que Estas Palavras Não Foram Escritas por João?
Além dos pensamentos já apresentados pode-se acrescentar:
1º) A passagem não se encontra em nenhum manuscrito grego dos primeiros séculos.
Apenas aparece em 4 manuscritos gregos posteriores e da seguinte maneira:
a) O manuscrito 61, que hoje se encontra na biblioteca de Dublin, o mesmo apresentado a Erasmo e que tem causado tantos dissabores aos estudiosos do Texto Bíblico.
b) Um manuscrito do século XII, Nº 88, está em Nápoles, com a passagem escrita na margem.
c) O de número 629, dos séculos XV ou XVI, pertencente à biblioteca do Vaticano.
d) Um manuscrito do século XI de número 635, cuja passagem se encontra registrada na margem.
A passagem também não aparece em Manuscritos da Vulgata Latina antes do ano 800 A.D.
2º) Ela não foi traduzida para as versões antigas da Bíblia, como nos atestam a siríaca, a armênia, capta, árabe, etíope e outras.
3º) Não foi citada pelos Pais da Igreja.
Esta é uma prova concludente de que não se achava nas Escrituras. Se eles a conhecessem, sem dúvida, a teriam usado profusamente para condenar o arianismo vicejante naqueles dias.
4º) Pelo princípio da Crítica textual, denominado – Probabilidade Intrínseca – conclui-se que foi uma introdução indevida, por quebrar o fluxo do pensamento do apóstolo João.

Conclusão
Embora esta declaração sobre as "três testemunhas celestiais" esteja em plena harmonia sem a teologia bíblica sobre a Trindade, ela não deve ser usada para prová-la, pelas razões que acabam de ser expostas.
Os comentaristas são unânimes em afirmar que João não escreveu a passagem em apreço, mas que teve sua origem na anotação ou nota marginal que um copista fizera no texto que estava copiando. Um outro copista achando-as inspiradoras e oportunas ele as introduziu num manuscrito posterior.
Nada melhor para condenar [o uso dessa passagem em defesa da Trindade] e concluir este estudo do que as sintéticas palavras de Vincent ao comentar I João 5:7-8:
"Estas palavras são rejeitadas pelo veredicto geral de autoridade da Crítica Textual".
Informação sobre a Comma Joanina:
"Cipriano – Bispo de Cartago (que morreu em 258) escreveu as palavras na margem do versículo, como simples anotação sua. Mais tarde foram acrescentadas aos manuscritos posteriores da Vulgata de S. Jerônimo". 

ENCICLOPÉDIA DE RELIGIÃO E ÉTICA, James Hastings, pg.384. "Não existe evidência [na história da igreja primitiva] do uso dos três nomes."Rev. Steve Winter ATOS 4:12 "E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos."

Textos com erros de tradução do "NT". 1ª Parte


Melhor tradução dos textos que foram maquiados para que os "cristãos" lendo, não entendam:
(Jesus) ​Então, lhes direi explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a transgressão da Lei (Torah) (Anomia, ανομια) Mt 7:23.
Mandará o Filho do Homem os seus anjos, que ajuntarão do seu reino todos os escândalos e os que praticam a transgressão da Lei (Torah) (Anomia, ανομια) Mt 13:41.
Assim também vós exteriormente pareceis justos aos homens, mas, por dentro, estais cheios de hipocrisia e de transgressões da Lei (Torah) (Anomia, ανομια). (Mt 23:28)
E, por se multiplicar as transgressões da Lei (Torah) (Anomia, ανομια), o amor se esfriará de quase todos. (Mt 24:12)
Bem-aventurados aqueles cujas transgressões da Lei (Torah) (Anomiai, ανομιαι) são perdoadas, e cujos pecados (αμαρτιαι, hamartia) são cobertos; (Rm 4:7)
Falo como homem, por causa da fraqueza da vossa carne. Assim como oferecestes os vossos membros para a escravidão da impureza e da violação da Lei (Torah) (ανομια) para a oposição a instrução (ανομιαν), assim oferecei, agora, os vossos membros para servirem à justiça para a santificação. (Rm 6:19)
Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos; porquanto que sociedade pode haver entre a justiça e a transgressão a Lei (anomia)? Ou que comunhão, da luz com as trevas? (2 Cor 6:14).
Com efeito, o mistério da inimizade da Lei (Torah) (anomia) já opera e aguarda somente que seja afastado aquele que agora o detém; (2 Ts 2:7)
o qual a si mesmo se deu por nós, a fim de remir-nos de toda transgressão a Lei (Torah) (anomia) e purificar, para si mesmo, um povo exclusivamente seu, zeloso de boas obras. (Tt 2:14)
Amaste a justiça e odiaste a trangressão da Lei (Torah); por isso, Deus, o teu Deus, te ungiu com o óleo de alegria como a nenhum dos teus companheiros. (Hb 1:9)
(recebeu, porém, castigo da sua transgressão (anomia), a saber, um mudo animal de carga, falando com voz humana, refreou a insensatez do profeta). 2 Pe 2:16
Todo aquele que pratica o pecado também transgride a lei (anomia), porque o pecado é a transgressão da lei (anomia). (I Jo 3:4)

Dicionário Strong:
ανομια anomia
de 459; TDNT - 4:1085,646; n f
1) a condição daquele que não cumpre a lei
1a) porque não conhece a lei
1b) porque transgride a lei
2) desprezo e violação da lei, iniquidade, maldade
G0266 αμαρτια hamartia
de 264; TDNT - 1:267,44; n f
1) equivalente a 264 
1a) não ter parte em
1b) errar o alvo
1c) errar, estar errado
1d) errar ou desviar-se do caminho de retidão e honra, fazer ou andar no erro
1e) desviar-se da lei de Deus, violar a lei de Deus, pecado
2) aquilo que é errado, pecado, uma ofensa, uma violação da lei divina em pensamento ou em ação
3) coletivamente, o conjunto de pecados cometidos seja por uma única pessoa ou várias
G03551 νομος nomos
da palavra primária nemo (parcelar, especialmente comida ou pasto para animais); TDNT - 4:1022,646; n m
1) qualquer coisa estabelecida, qualquer coisa recebida pelo uso, costume, lei, comando 
1a) de qualquer lei
1a1) uma lei ou regra que produz um estado aprovado por Deus
1a1a) pela observância do que é aprovado por Deus
1a2) um preceito ou injunção
1a3) a regra de ação prescrita pela razão
1b) da lei mosaica, e referindo-se, de acordo ao contexto, ao volume da lei ou ao seu conteúdo
1c) a religião cristã: a lei que exige fé, a instrução moral dada por o Messias, esp. o preceito a respeito do amor
1d) o nome da parte mais importante (o Pentateuco), é usado para a coleção completa dos livros sagrados do AT

sexta-feira, 22 de maio de 2015

Duas Alianças?

O pensamento de uma aliança, um povo, Um Deus, uma palavra é um pensamento difícil para os cristãos (ou a teologia sistemática), mas no contexto hebraico das Escrituras é muito simples, pois está na sua originalidade.
De início precisamos compreender que o Eterno é Um.
Deut. 6:4 Ouve, Israel, o Eterno é nosso Deus, o Eterno é Um.
“Jesus veio restaurar a aliança quebrada e não trazer outra aliança, quando em Jr 31:31 ou Hb8:8,onde se trata da chamada nova aliança com a casa de Israel e a casa de Judá”, esta palavra” nova” se refere a “restauração” da aliança já existente do Sinai com Israel (tanto naturais como não naturais reunidos no monte).
Jr 31.31 -Eis aí vê dias, diz o Senhor, em que firmarei nova (restaurada- chadash) aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá.
E quando no texto de Hebreus se refere a primeira e segunda aliança não é com respeito a alianças diferentes, mas sim de TEMPOS DIFERENTES, mas a aliança é a mesma, o povo é o mesmo, o propósito é o mesmo e a Noiva é a mesma.
E no final do texto diz assim:
Hb 8. 12  -Pois, para com suas iniqüidades, usarei de misericórdia e dos seus pecados jamais me lembrarei.
Logo, notamos que Deus está falando de um tempo em que houve iniqüidade e desvio, e esta aliança não é outra, mas é o renovo da aliança já existente, onde não se lembrará do desvio ocorrido no tempo passado, mas os laços matrimoniais são renovados assim como na figura do profeta Oséias e o seu casamento com uma prostituta, ou seja, Deus restaura a aliança matrimonial com aquela que se prostituiu com outros.
Veja a palavra de Deus ao profeta Oséias, que há restauração da ALIANÇA e NÃO outra ALIANÇA com seu POVO.

Os. 2.2-23 -porque sua mãe se prostituiu; aquela que os concebeu houve-se torpemente; porque diz: Irei após os meus amantes, que me dão o meu pão e a minha água, a minha lã e o meu linho, o meu óleo e as minhas bebidas. E naquele dia, diz o Senhor, ela me chamará meu marido; e não me chamará mais meu Baal.
17. Pois da sua boca tirarei os nomes dos baalins, e não mais se fará menção desses nomes.
18. Naquele dia farei por eles aliança com as feras do campo, e com as aves do céu, e com os répteis da terra; e da terra tirarei o arco, e a espada, e a guerra, e os farei deitar em segurança.
19. E desposar-te-ei comigo para sempre; sim, desposar-te-ei comigo em justiça, e em juízo, e em amorável benignidade, e em misericórdias;
20.e desposar-te-ei comigo em fidelidade, e conhecerás ao Senhor. E semeá-lo-ei para mim na terra, e compadecer-me-ei de Lo-Ruama; e a e Lo-Ami direi: Tu és meu povo; e ele dirá: Tu és o meu Deus

Os. 3.1-5 -Disse-me o Senhor: Vai outra vez, ama uma mulher, amada de seu amigo, e adúltera, como o Senhor ama os filhos de Israel, embora eles se desviem para outros deuses, e amem passas de uvas.
2. Assim eu comprei para mim tal mulher por quinze peças de prata, e um hômer e meio de cevada;
3.e lhe disse: Por muitos dias tu ficarás esperando por mim; não te prostituirás, nem serás mulher de outro homem; assim também eu esperarei por ti.
4. Pois os filhos de Israel ficarão por muitos dias sem rei, sem príncipe, sem sacrifício, sem coluna, e sem éfode ou terafins.
5. Depois tornarão os filhos de Israel, e buscarão ao Senhor, seu Deus, e a Davi, seu rei; e com temor chegarão nos últimos dias ao Senhor, e à sua bondade.

Quando Jesus estava na ceia de Páscoa, Ele diz “este é o sangue da aliança”, de que aliança Ele estava falando? Naquele momento Jesus estava repetindo as palavras de Moisés no Sinai.

Ex 24.8 -Então tomou Moisés aquele sangue, e espargiu-o sobre o povo e disse: Eis aqui o SANGUE DA ALIANÇA que o Senhor tem feito convosco no tocante a todas estas palavras.(Torah)

Esta aliança diz respeito à aceitação do contrato de chamado Lei (Torah), o povo aceitou o contrato, mas depois rejeitou seguindo outros maridos. E Jesus diz acerca do seu sangue: ”este é o sangue da aliança”, fazendo menção à aliança do Sinai, aqueles que estavam com Ele no jantar de Páscoa sabiam muito bem do que ele estava falando, da restauração da aliança e da unificação de Israel, dita em Jr. 31.31.
Esta divisão de testamentos e alianças foi algo feito pela IGREJA CRISTÃ UNIVERSAL ROMANA, e se evidencia mais no ensino de Marcião, no séc. II. Ele dizia que havia dois DEUSES, um deus do VELHO TESTAMENTO, o qual era ruim criador das leis judaicas, e um deus bom do NOVO TESTAMENTO, o qual era misericordioso, e ele ensinava que somente o novo testamento servia para igreja “cristã”, e assim criou-se uma divisão.
E a Igreja Católica Cristã, nasceu em um seio antissemita, e centro da “Teologia da Substituição” mais evidenciada por “Agostinho”, o qual dizia que Israel foi substituído pelo “cristianismo” nos planos de “deus”, agora era a Igreja Cristã que era a detentora dos planos de “deus” na terra e não mais Israel. E assim acabou-se dividindo mais, e segundo o pensamento “cristão” o Velho Testamento diz respeito a Israel, e o Novo Testamento está relacionado a Igreja Cristã. E esta divisão veio de homens e não do Deus de Israel. Os escritos dos discípulos do 1º séc. não é uma nova historia contada por eles ou criada por Jesus, mas é o relato de como a comunidade do 1º séc. vivia a Lei e os Profetas na pessoa de Jesus. E quando em seus escritos eles se referem às Escrituras eles estão dizendo da Lei e dos Profetas, essa sempre foi as Escrituras para os apóstolos e Jesus.
Esta divisão acaba distorcendo o discernimento do REINO e dos propósitos de DEUS.
Nada ainda mudou. Nem um til ou traço da Lei e dos Profetas foi removido. Não há uma divisão de testamentos.
A primeira vinda do Messias não alterou a ordem na terra, somente na sua segunda vinda é que alterá a ordem.
O Reino não se estabelece agora, e nem o Sacerdócio do Reino se exerce agora. Os filhos nascem depois do casamento e não ao contrario. O sacerdócio é estabelecido quando a Casa Espiritual estiver estabelecida e não antes.
A restauração da aliança ainda não está vigorando. Deus neste momento está chamando o povo para restaurar a aliança, para ser vigorada nas BODAS DO CORDEIRO, ou seja, no casamento, onde a aliança matrimonial é renovada com a aceitação do contrato de casamento (Torah).
Então confirmará o casamento proposto no Sinai, onde o povo (a Noiva) assumiu um compromisso de fidelidade com o Noivo até o dia do casamento dizendo:

Êx 19.8 -Então todo o povo respondeu a uma voz, e disse: Tudo o que o SENHOR tem falado, faremos. E relatou Moisés ao Senhor as palavras do povo

A Noiva disse sim para o Noivo, para então se casar nas Bodas do Cordeiro.

Ap. 19.7   -Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e demos-lhe glória; porque vindas são as bodas do Cordeiro, e já a sua esposa se aprontou.
Ap. -E veio a mim um dos sete anjos que tinham as sete taças cheias das últimas sete pragas, e falou comigo, dizendo: Vem, mostrar-te-ei a esposa, a mulher do Cordeiro.
10. E levou-me em espírito a um grande e alto monte, e mostrou-me a grande cidade, a santa Jerusalém, que de Deus descia do céu.

quinta-feira, 21 de maio de 2015

Conhecendo Jesus o judeu Parte 1



Verdades sobre Jesus no seu contexto Bíblico Geral e Histórico.

Gostaria de fazer uma breve abordagem sobre este assunto pra que compreendemos melhor os próximos passos do estudo, pois às vezes nos textos dos evangelhos podem surgir algumas confusões devido à falta do entendimento a seguir.
A primeira coisa que precisamos entender é que nas Escrituras, um feriado, ou um dia de descanso, sem obras, era considerado um sábado, ou seja, havia um sábado semanal, (um dia de descanso semanal) mas também poderia haver um sábado no meio da semana, que simplesmente era como um feriado. Por exemplo, na festa de Pães Asmos, as quais estão vendo nesse estudo, a dois dias de descanso, nos quais não se fazem obras, ou seja, seria um sábado não semanal, um dia de Santa Convocação.
Ex: Primeiro dia (Páscoa) e o último dia da festa de Pães Asmos.
Lv. 23: 7-8 No primeiro dia tereis santa convocação; nenhum trabalho servil fareis.
Mas por sete dias oferecereis oferta queimada ao Senhor; ao sétimo dia haverá santa convocação; nenhum trabalho servil fareis.
Ex: Dia da Expiação é um sábado, ou seja, um dia de descanso.
Lv. 16: 31 Será sábado de descanso solene para vós, e afligireis as vossas almas; é estatuto perpétuo.
Portanto compreendemos que nos episódios da crucificação e ressurreição de Jesus, haviam dois sábados sendo relatados. Quais? Um era o sábado, ou seja, o descanso do primeiro dia da Páscoa, e o outro era o sábado semanal. (segundo o calendário dos saduceus - sacerdotes).
Podemos notar esta diferença no relato em que as mulheres compram e preparam o ungüento para o corpo de Jesus. Em Marcos diz que elas fizeram isto depois do sábado, mas em Lucas nos diz que foi antes.
Depois do Sábado.
Mc. 16: 1 Ora, passado o sábado, Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago, e Salomé, compraram aromas para irem ungi-lo.
Antes do Sábado.
Luc. 23: 56 Então voltaram e prepararam especiarias e ungüentos. E no sábado repousaram, conforme o mandamento.
Bom entendermos que poderia haver dois sábados, ou seja, dois dias de descanso, um no meio da semana e o outro o sábado semanal. E nesta ocasião relatada nestes versos, vemos que as mulheres preparam o ungüento em um dia, que é depois de um sábado e antes de um sábado. Como se explica isso?
Muito simples. Elas prepararam os ungüentos na sexta-feira, na preparação para o sábado semanal, isto é, a quinta foi um feriado (sábado), pois era o dia da Páscoa para os judeus, e o Sábado Semanal era o descanso do 4º mandamento (Êxodo 20).
A sexta-feira estava entre os sábados (descanso).
E lembramos que Jesus é “crucificado” na quarta à tarde, que segundo os relatos de João é também o dia da preparação, ou seja, o dia seguinte seria a Páscoa, onde haveria descanso (sábado). Então ficaria assim.
- quarta-feira – dia da preparação, onde Jesus é crucificado fisicamente.
- quinta-feira – feriado de Páscoa, dia de descanso, um sábado.
- sexta-feira – outro dia da preparação, mas agora para o sábado semanal.
- sábado – descanso semanal (4º mandamento).
Jesus sacrificado na terça, pendurado no madeiro na quarta e ressuscitado no sábado?
Antes de entrarmos nesse tópico, para não ficar tão confuso quanto às datas, creio que é importante haver o entendimento de que os três dias e três noites que Jesus declara sobre a sua morte e ressurreição, engloba não só a sua morte física no madeiro, mas também momentos antes na Ceia da Páscoa, a qual ele celebra com seus discípulos.
E lembremos que quando Deus fala de morte no Pentateuco (Torah), nem sempre é uma morte natural. O exemplo que temos foi em Gênesis foi à morte do homem por comer da árvore do conhecimento do bem e do mal. Ele não morreu imediatamente de morte natural, mas foi uma morte espiritual. Nas Escrituras fala de morte pela transgressão, e não é necessariamente natural.
Gn. 2: 17, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dessa não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás.
Ef.  2: 1 Ele vos vivificou, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados,   
Cl. 2: 13 e a vós, quando estáveis mortos nos vossos delitos e na incircuncisão da vossa carne, vos vivificou juntamente com ele, perdoando-nos todos os delitos;
Foi esta morte não natural que Jesus expressou no jantar de Páscoa celebrada com seus discípulos.
Parece que há falhas nos escritos do evangelho quanto à data da crucificação física e ressurreição de Jesus, pois Ele disse que ficaria morto por três dias e três noites. Os escritos estão corretos, a interpretação e a tradução dos textos é que mudaram o sentido dos textos.
Mt. 12: 40, pois, como Jonas esteve três dias e três noites no ventre do grande peixe, assim estará o Filho do homem três dias e três noites no seio da terra.
Mc. 8: 31 Começou então a ensinar-lhes que era necessário que o Filho do homem padecesse muitas coisas, que fosse rejeitado pelos anciãos e principais sacerdotes e pelos escribas, que fosse morto, e que depois de três dias ressurgisse.
Se Jesus foi crucificado na sexta-feira e ressuscitou no domingo pela manhã (como alegam a teologia apresentada por Roma) não temos três dias e três noites. Para que haja três dias, é necessário Jesus ter morrido na terça-feira, durante o jantar da Páscoa (dia 14 segundo o mandamento), apesar de ter sido pendurado no madeiro na quarta-feira (morte física) considerando o dia da sua ressurreição.
Jesus crucificado na quarta-feira à tarde (morte física).
Mt. 27: 46 Cerca da hora nona bradou Jesus em alta voz, dizendo: Eli, Eli, lamá sabactani; isto é, Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?
Mt. 27: 50 De novo bradou Jesus com grande voz, e entregou o espírito.
José de Arimatéia pede o corpo de Jesus ao entardecer da mesma quarta-feira.
Mt. 27: 57 Ao cair da tarde, veio um homem rico de Arimatéia, chamado José, que também era discípulo de Jesus.
Os principais sacerdotes se reuniram no dia seguinte na casa de Pilatos no caso quinta-feira.
Mt. 17: 62 - 63 No dia seguinte, isto é, o dia depois da preparação, reuniram-se os principais sacerdotes e os fariseus perante Pilatos, e disseram: Senhor, lembramo-nos de que aquele embusteiro, quando ainda vivo, afirmou: Depois de três dias ressurgirei.
Antes do amanhecer do Sábado Jesus ressuscitou na vigília entre 3 e 6 horas da manhã.
Mc. 16: 9 Ora, havendo Jesus ressurgido de manhã cedo no primeiro dia da semana, apareceu primeiramente a Maria Madalena, da qual tinha expulsado sete demônios.
O verso acima há uma questão mal colocada de tradução, pois o dia da ressurreição está como sendo no primeiro dia da semana, porém no grego e na Bíblia de Lutero (1545), o primeiro dia da semana está como sendo o Sábado.
Vou citar algumas versões do mesmo texto e de outros para que possamos comparar as traduções. Os textos que serão inseridos são textos em português, grego, alemão (Bíblia de Lutero 1545) e tradução, e veremos que Jesus ressuscitou na manhã de Sábado, antes do aparecimento do sol.
Textos em Marcos.
Versão Almeida Revista e Atualizada
Mc. !  : 9 Ora, havendo Jesus ressurgido de manhã cedo no primeiro dia da semana, apareceu primeiramente a Maria Madalena, da qual tinha expulsado sete demônios.
Versão Novo Testamento Grego: Texto Receptus (1550/1894). SBB, 1550.
Mc. 16:9  αναστας δε πρωι πρωτη σαββατου εφανη πρωτον μαρια τη μαγδαληνη αφ ης εκβεβληκει επτα δαιμονια
Versão Lutero, Martinho: Luther Bible 1545 Die Gantze Heilige Schrifft. SBB, 1545.
Mc. 16: 9   Jesus aber, da er auferstanden war frühe am ersten Tage der Sabbater, erschien er am ersten der Maria Magdalena, von welcher er sieben Teufel ausgetrieben hatte.
Tradução:
Mc. 16: 9 “Jesus, mas porque Ele se levantou muito cedo no primeiro dia do Sábado (descanso), Ele apareceu primeiramente a Maria Madalena, da qual tinha expulsado sete demônios.”
 Textos em Mateus.
Versão Almeida Revista e Atualizada
Mt. 28: 1 No findar do sábado, ao entrar o primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria foram ver o sepulcro. Versão Novo
Testamento Grego: Texto Receptus (1550/1894). SBB, 1550.
Mt. 28 : 1   οψε δε σαββατων τη επιφωσκουση εις μιαν σαββατων ηλθεν μαρια η μαγδαληνη και η αλλη μαρια θεωρησαι τον ταφον
Versão Lutero, Martinho: Luther Bible 1545 Die Gantze Heilige Schrifft. SBB, 1545.
Mt. 28 : 1      Am Abend aber des Sabbats, welcher anbricht am Morgen des ersten Feiertages der Sabbate, kamMaria Magdalena und die andere Maria, das Grab zu besehen.
Tradução:
Mt. 28 : 1  Mas na noite do sábado, que amanhece, na manhã do feriado dos Sábados, Maria Madalena e a outra Maria foram inspecionar o túmulo.

Textos em Lucas.
Versão Almeida Revista e Atualizada
Lc. 24 : 1    Mas já no primeiro dia da semana, bem de madrugada, foram elas ao sepulcro, levando as especiarias que tinham preparado.
Testamento Grego: Texto Receptus (1550/1894). SBB,1550.
Lc. 24 : 1  τη δε μια των σαββατων ορθρου βαθεος ηλθον επι το μνημα φερουσαι α ητοιμασαν αρωματα και τινες συν αυταις
Versão Lutero, Martinho: Luther Bible 1545 Die Gantze Heilige Schrifft. SBB, 1545.
Lc. 24 : 1   Aber an der Sabbate einem sehr frühe kamen sie zum Grabe und trugen die Spezerei, die sie bereitet hatten, und etliche mit ihnen.
Tradução:
Lc. 24:1 “ mas no Sábado, vieram muito cedo ao túmulo, levando as especiarias que tinham preparado, e algumas delas.

Textos de João.
 Versão Almeida Revista e Atualizada
Jo 20:1  No primeiro dia da semana Maria Madalena foi ao sepulcro de madrugada, sendo ainda escuro, e viu que a pedra fora removida do sepulcro.
 Testamento Grego: Texto Receptus (1550/1894). SBB,1550.
Jo 20:1  τη δε μια των σαββατων μαρια η μαγδαληνη ερχεται πρωι σκοτιας ετι ουσης εις το μνημειον και βλεπει τον λιθον ηρμενον εκ του μνημειου
Versão Lutero, Martinho: Luther Bible 1545 Die Gantze Heilige Schrifft. SBB, 1545.
Jo 20:1    An der Sabbate einem kommt Maria Magdalena früh, da es noch finster war, zum Grabe und siehet, daß der Stein vom Grabe hinweg war.
Tradução:
Jo20:1  “ Logo no início do Sábado foi Maria Madalena, porque ainda estava escuro, até o túmulo, e viu a pedra retirada do túmulo.”
Como vimos Jesus ressuscitou no início do sábado pela manhã bem cedo. Então para que haja três dias completos é preciso que Jesus tenha morrido no início da terça a noite. A referência que Jesus fala sobre sua morte e ressurreição, engloba a noite da Ceia da Páscoa, onde ocorre a sua morte espiritual, pois se pensarmos na sua morte somente física, não teremos Jesus cumprindo o mandamento da morte do cordeiro na Páscoa,pois na quarta não era nem a Páscoa celebrada por Jesus e nem pelos demais judeus.Considerando a partir do fim da terça até ao crepúsculo do Sábado, três dias completos.
Jesus morre no jantar do dia 14 do primeiro mês, como assim está descrito na Lei (Torah). O dia em que o cordeiro deveria ser imolado era no dia 14 no jantar. E Ele Cordeiro e Messias, deveria cumprir este mandamento. E Ele cumpriu!
Ex. !2:6-8    e o guardareis até o décimo quarto dia deste mês; e toda a assembléia da congregação de Israel o matará à tardinha:7.Tomarão do sangue, e pô-lo-ão em ambos os umbrais e na verga da porta, nas casas em que o comerem.8.E naquela noite comerão a carne assada ao fogo, com pães ázimos; com ervas amargosas a comerão.
Foi exatamente no jantar da Páscoa com seus discípulos que Jesus deu seu corpo e o seu sangue, ali Ele morreu. Vejamos como os evangelhos nos relatam a noite do jantar de Páscoa.
Mt.26:26,27,28     Enquanto comiam, Jesus tomou o pão e, abençoando-o, o partiu e o deu aos discípulos, dizendo: Tomai, comei; isto é o meu corpo. Tomando o cálice, rendeu graças e deu-lho, dizendo: Bebei dele todos; porque este é o meu sangue, o sangue da aliança, que é derramado por muitos para remissão de pecados.
Lc. 22:19     E tomando pão, e havendo dado graças, partiu-o e deu-lho, dizendo: Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim.20.Semelhantemente, depois da ceia, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é o novo pacto em meu sangue, que é derramado por vós.
E após o jantar Jesus vai ao Getsêmani, lá derrama o seu sangue, confirmando o seu sacrifício como o Cordeiro da Páscoa.
Lc.22:42-44    dizendo: Pai, se queres afasta de mim este cálice; todavia não se faça a minha vontade, mas a tua.Então lhe apareceu um anjo do céu, que o confortava.E, posto em agonia, orava mais intensamente; e o seu suor tornou-se como grandes gotas de sangue, que caíam sobre o chão.

Obs: A abreviação SBB inserida no estudo significa Sociedade Bíblica do Brasil.