Gostaria
por meio desse artigo trazer um pouco de esclarecimento sobre esse assunto que
é um tanto polêmico. Não estamos esgotando todo esse tema, pois vejo que ainda
há muito para se estudar. Mas espero que traga um norte para aqueles que ainda
se deparam um pouco confuso sobre esse assunto.
“A
natureza dos homens é a mesma, são seus hábitos que o mantém separado”
Difícil
é sumariar tão complexo assunto, em limitado espaço, mas tentarei. Duas
forças se contrapõem quando o assunto é "Usos e Costumes". Uma,
pensa que mudar é modernizar. Outra, pensa que é
"mundanizar". Tanto à uma, como à outra, sugiro que apresentem
bases bíblicas que sejam sólidas para sustentar suas sugestões; e, que
pesquisem os aspectos sociológicos e antropológicos da questão.
"Usos
e Costumes" são facetas de um conjunto que formam a cultura de um povo. A
melhor definição para cultura é a de Edward Tylor (séc. XIX). Segundo ele, cultura, em
seu aspecto amplo, significa todo o "complexo que inclui conhecimentos,
crenças, arte, moral, leis, costumes ou qualquer outra capacidade ou hábitos adquiridos pelo homem
(comportamento 'copiado'/aprendido) como membro de uma sociedade".
Deus,
ao introduzir o povo de Israel em Canaã, proibiu-os de aculturarem-se Ex.
23.32,33: "não farás concerto algum com eles...".
Cada
cultura segue caminhos, em função dos diferentes eventos históricos que
vivem. Vejamos: a filha de Faraó identificou a Moisés pelo cesto de junco, e
por estar envolto em panos hebreus Ex.2.6. A filha de Faraó, não viu o coração
de hebreu de Moisés, mas
as vestes, os tecidos, o cesto de junco e isto são "Usos e
Costumes".
Mais
tarde, foi ensinado (aculturado) nos "Usos e Costumes" egípcios. Ao
fugir para a terra de Midiã. Foi identificado como egípcio (Ex. 2.19). O
Moisés era o mesmo, a mesma cara, o mesmo sangue, o que havia mudado? A roupa,
a fala, o aspecto externo, o momento histórico. Nada mais!!!
De
acordo com estudos antropológicos, o comportamento social de um povo é
influenciado pela cultura adquirida; logo, nossos hábitos, tradições e costumes
ficam à mercê da diversidade cultural que nos é imposta por mecanismos
econômicos, e/ou políticos.
A
identidade de um povo é formada pelas normas e regras vivenciadas; entretanto,
se um povo se permite ser influenciado por outros, perde seus traços identificativos.
Na história das civilizações nós tivemos, pelo menos, cinco grandes momentos
históricos de exportação e importação cultural, em virtude de situações
políticas e econômicas. São eles Egipcionização, Babilonização, Helenização,
Romanização, Americanização. Ater-me-ei ao último.
A
explosão hippie deu-se nos anos 60. Era uma rebelião contra os padrões morais,
familiares e éticos. Nesse ínterim, cresceu o uso de drogas, prostituição
e nasceu o rock in roll. Milhares de jovens evangélicos, sedentos por liberdade
aderiram ao movimento. Os pastores para não perdê-los, defenderam a
modernização (Elvis Presley). Daí, a música rock, os cabelos longos, os
brincos, as roupas sensuais.
O povo
de Deus deve resistir a esses momentos de imposição cultural, permanecendo no
padrão, instituído pelos abnegados homens de Deus no passado.