Essa é uma pergunta
que muito se fazem, e isto devido a um sofisma que foi adquirido durante os anos,
o qual é que Lei foi abolida .Por uma falta de compreensão do texto no seu
contexto original hebraico, entendeu-se que hoje é somente válida a Graça e não
a Lei. Mas antes de entrarmos exatamente no temos do estudo. Creio que é
importante entendermos que a Lei do Eterno, ou seja, a Sua Instrução e Suas
Leis , as quais foram reveladas e escritas por intermédio de Moisés, também se
expressam e podem ser observadas na criação e na física, sendo estas as Leis irrevogáveis
e fixas ( הקח chuqqah).Leis que não podem ser revogadas e que existem
independente da crença.Jesus usa bastante estas leis fixas em suas palavras,
quando Ele fala da lei da semeadura, por exemplo, e também quando Ele diz
" observai as aves do céu e os lírios do campo".Essas são leis irrevogáveis
do Eterno expressas na criação para toda a humanidade. Bom, As escrituras dizem
que Jesus não veio abolir a Lei e os Profetas, mas cumpri-la(“pleroo” que vem
de “pleres” que é “inteiro, completo”),portanto Jesus veio trazer o sentido
completo, pleno.(Mt 5.17). É interessante fazer uma observação aqui a respeito
desta frase de Jesus. Jesus veio abolir os “dogmas” que são mandamentos de
homens sobre os mandamentos de Eterno. Em Efésios 2.15, nos fala que havia uma
parede de inimizade que separava os gentios e os judeus, as vezes há uma
interpretação errada deste texto dizendo que Cristo veio abolir a Lei, mas o
que na verdade Paulo está dizendo é que Jesus veio derrubar esta parede
abolindo os mandamentos expressos em ordenanças, a palavra usada para ordenanças
neste verso é “dogma”, ou seja, Cristo veio para derrubar aquilo que os homens
colocaram e que não eram mandamentos de D-us.E na época eles literalmente colocaram
um muro no templo que impedia dos gentios também participarem.
Paulo também fala em
Rm 8.3 que Cristo veio tirar a enfermidade da Lei, o que estava debilitado e
não a Lei em si.Uma outra passagem interessante é quando fala que Cristo riscou
a divida que era contra nós e que constava de DOGMAS, cravando-a na Cruz.
“tendo cancelado o
escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças (DOGMAS), o
qual nos era prejudicial, removeu- o inteiramente, encravando-o na cruz;(Cl
2.14)”
Portanto Jesus não
aboliu a Lei e os Profetas, mas sim os dogmas.
Outro texto muito
usado para justificar o pensamento de abolição da Lei é:
Mat 11:13 Porque
todos os Profetas e a Lei profetizaram ATÉ João.
Este é um texto
erroneamente traduzido, neste texto temos traduzido " até João ",
dando a ideia de que a Lei e os Profetas foram válidos até João, e depois de
João já não vale mais. Isto é um equívoco e deu margem para a teologia da
dispensação, ou seja, até João é a dispensação da Lei, e em Jesus inicia a
dispensação da Graça.
Porém no texto em
hebraico não é isso o que está escrito:
No manuscrito
hebraico " shem tov" de Mateus, neste texto está a expressão "al
Yohanan", que significa " acerca, sobre, a respeito de João", e
não " od Yohanan", que é "até João".
Portanto temos Mt
11.13 assim:
"Porque todos os
Profetas e a Lei profetizaram SOBRE João."4
Desta forma se desfaz
o engano da dispensação, e o pensamento de que a Lei e os Profetas acabam em
João.
Tudo o que os apóstolos
ensinaram foi baseado na Lei, na Lei e nos Profetas, eles mesmos eram cumpridores
da Lei.Paulo por exemplo, em certa ocasião chega a Jerusalém e é acusado de
pregar para que o judeus não guardem mais a lei.mas Paulo não ensinou isso e em
confirmação disto ele faz um ato com 4 homens que fizeram voto. E Ele mesmo era
obediente a lei At 21.24. (At 21,20-25).Paulo serve ao D’us dos patriarcas.
Segundo Paulo em Rm
3.20 e 7, a Lei mostra o pecado para que possa haver graça.A lei mantém na
graça. Paulo ainda fala que a lei não é anulada pela fé(Rm 3.31) e que a lei é
boa(Rm 7.12).(ver também a Lei da Liberdade Tg 1.25 / Ex 32.15 )
Algo interessante de
se observar também é que a palavra Torah deriva de Yarah que quer dizer “ensinar,
instruir e apontar o alvo”. Nisto vemos uma semelhança do ponto de vista
antônimo à palavra pecado (chata’ / harmatano) que significa errar o alvo.Portanto
a Lei aponta o alvo enquanto o pecado desvia do alvo. As escrituras falam em Rm
10.4 que o FIM da lei é Cristo, esta expressão é “ telos nomos”. “tello”
significa “ objetivo, ponto definitivo”.Portanto a Lei aponta para o Messias,
enquanto a transgressão da Lei nos afasta do Messias.
Outra coisa digna de
atenção que a Torá תורה tem uma raíz תור “ Tur” que significa “examinar, espionar,
procurar, esquadrinhar”. Entendemos assim que a Lei é para ser examinada,
procurada. A Lei não é apenas lei, mas instrução do Senhor a respeito de uma
conduta de vida. Há mandamentos para crianças, adultos, homens e mulheres,
judeus e gentios e os universais. Na Lei estão contidos mandamentos relacionados
a todas as áreas da vida humana.Resumidamente há:
Leis morais – os 10
mandamentos são um exemplo de leis morais e são para toda a humanidade.
Jesus trouxe um
sentido mais completo e profundo.
Leis cerimoniais –
relacionadas aos sacrifícios, ao sacerdócio levítico e ao templo.
a) sacrifício pela
culpa –(chatat) quando houve a intenção de pecar.(mudado pelo sacrifício de
Jesus)
b)sacrifício pelo
delito ou sacrilégio – (asham) quando não houve a intenção de.pecar.(mudado
pelo sacrifício de Jesus).
c)oferta pacífica – (shlamim)feita
com a intenção de ação de graças,Objetivo de restabelecer a aliança com D’us,
para estabelecer um pacto de paz. (Lv2)
d) Manjares – (kórban
minchá) relacionada a louvor e ação de graças.A oferta era flor de farinha,
azeite e incenso colocados sobre o altar.A palavra korbán deriva de duas raízes
– karov (aproximar-se, trazer
para perto) e kerev ( que vem do interior). Portanto a oferta deve nos
aproximar Dele e deve ser algo que
vem do nosso interior. (ver Lv 2)
Lei - Dor
Graça - Remédio
TORAH
Deriva de yarah
Ensinar
Instruir
Apontar o alvo
Errar o alvo
PECADO
חטא chata’ αμαρτανω hamartano
Leis éticas – coisas
práticas do cotidiano como beber, comer, vestir.
Leis circunstanciais-
dadas para o momento da travessia no deserto.(ex: guardar o maná, disposição das
tribos, algumas de higienização...)
Certo dia vi uma
propaganda com o tema “ se beber não dirija”, algo que me chamou a atenção é após
falarem “se beber não dirija” , eles falam também “ viver é a lei”.Acho muito
coerente com esse assunto que se refere a Lei do Senhor, pois esta frase “
viver é a lei” é o mesmo princípio da Lei. A preservação da vida é o foco de
toda a lei é para que bem nos vá. Segundo rabinos baseados em Lv 18.5(“Portanto,
os meus estatutos e os meus juízos guardareis; cumprindo-os, o homem viverá por
eles. Eu sou o SENHOR.”),a lei pode ser transgredida para preservar uma vida ,
só não pode, ou seja a pessoa deve se deixar ser morta ao invés de transgredir
o mandamento em três casos: assassinato, idolatria e relações proibidas.Isso se
chama de “yehareg ve'al ya'avor יהרג ואל יעבור ”( Deixe-o ser morto ao invés de
transgredir).
Mas precisamos
compreender que essas leis contém princípios para o nosso modo de vida diário que
restauram a nossa alma (Sl 19.7).Lógico que o estrangeiro não é obrigado a guardar
leis especificas para um habitante judeu, da mesma forma que uma criança não
guarda o mandamento para um adulto e alguém que cuida de bois não guarda o
mandamento para um agricultor, o quando o estrangeiro deixa de estrangeiro
fazendo parte do mesmo povo, automaticamente faz parte da mesma
constituição.Mas enfim, há princípios para todos.
Algo interessante que
li a respeito de Mt 5.19 é que parece haver uma hierarquia, uma qualificação no
reino dos céus ao que diz respeito à obediência e o ensinamento dos
mandamentos.E aqui vemos algo lógico, pois tratando –se do Reino do Senhor
presente(e não o vindouro), em nossos dias,se vivemos os seus mandamentos, os
quais são para qualidade de vida, ou seja , é para o viver, então, eu assim
vivo de uma forma que alcanço uma qualificação na vida vivendo as qualidade do
Seu Reino hoje.E notemos também que em João, Jesus nos diz que aquele que o
ama guarda os seus mandamentos, e que assim faz permanece no seu amor.Portanto
o meu guardar os mandamentos é uma demonstração do meu amor a Ele. O que quero
dizer com tudo isso é que durante anos fomos nos afastando das instruções e
padrões estabelecidos pelo Senhor, fomos nos afastando das raízes da Igreja, da
verdade das escrituras e assim fomos adquirindo um conceito grego e romano.
Falo das Escrituras
como um todo, pois erramos por não conhecermos as escrituras nem o poder de
D'us.
Precisamos voltar a
lermos e estudarmos a Palavra do Senhor no contexto a qual ela foi escrita e
não lermos de acordo com um pensamento filosófico grego- romano.Assim
compreenderemos mais as palavras Jesus e apóstolos.
Paulo instrui a
Timóteo a observar as escrituras, pois ela é inspirada por D-us e apta para
todos os aspectos da vida.
Toda a Escritura é
inspirada por D-us e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção,
para a educação na justiça, 2 Tm 3.16)
A Lei se correlaciona
com o crescimento espiritual do crente em Jesus.
1) Bereshit (gênesis
) – No Principio
- Temos a criação do
Universo e do homem
- Representação do
novo nascimento, o ínicio.
2) Shemot (Êxodo) -
Nomes
- Tema central é ser
livre e ser liberto do pecado e do peso que carregávamos no Egito.Onde é
necessário
disciplinar a mente conforme a mente de Cristo.
3)Vayicrá (Levítico)
– E Ele chamou
- Aqui entendemos que
somos libertos para servir como sacerdotes como uma nação sacerdotal.
4)Bemidbar – Números
– No deserto
- Tempo de
aperfeiçoamento, relacionado ao serviço e a conduta (caráter e estilo de vida)
5)Devarim –
Deuteronômio – Palavras
- tempo de
recapitular, lutar, conquistar, vencer, tomar a herança e usufruir do reino.
Bom, basicamente
seria essa a relação com nossa caminhada com o Senhor.
Observância legalista
dos mandamentos da Lei. A palavra grega “nomos”, que em geral significa “lei” é
a palavra normalmente utilizada no Novo Testamento para o hebraico Torá, em geral
traduzida para “Lei de Moisés” ou simplesmente “Lei”. Em função disso, a
maioria dos cristãos pensa que “erga nomou”, literalmente “obras da lei”, um
termo que aparece três vezes no v. 16,
deve significar “atos
feitos em obediência a Lei”. Isso, no entanto, é um erro. Um dos mais bem guardados
segredos do Novo Testamento é que quando Paulo escreve “nomos” muitas vezes não
quer dizer “lei”, mas “legalismo”. Para que minha defesa dessa interpretação
não se pareça um tanto apelativa, defenderei o meu ponto de vista citando dois
notáveis eruditos cristãos gentios. C. E. B Cranfield, em seu comentário do
livro de Romanos, escreveu:
“(...) será bom
manter em mente o fato (o qual até onde sabemos, não recebera a devida atenção
até ser notado no [artigo de Cranfield] Scottish Journal of Theology, Vol. 17,
1964, p. 55) que a língua grega nos dias de Paulo não possuía nenhum grupo de
palavras que correspondesse aos nossos termos ‘legalismo’, ‘legalista’ e
‘legalístico’. Isso significa que faltava a Paulo uma terminologia adequada que
pudesse expressar essa distinção fundamental, o que dificultou seriamente a
exposição da perspectiva cristã quanto à lei. Diante disso, deveríamos sempre,
assim pensamos, estar prontos a considerar a possibilidade de que as
declarações paulinas, que a primeira vista parecem depreciar a lei, foram na
verdade dirigidas não contra a própria lei,
1 Dr. Stern inclui um
Mestre em Divindade grau de Seminário Teológico Fuller, Trabalho de graduação
na Universidade do judaísmo (agora American Jewish University), E um Ph.D. em
Economia Princeton University. Ele ensinou o primeiro curso em 'judaísmo e o
cristianismo "no Seminário Teológico Fuller e em UCLA Ele era um
professor. entretanto contra uma interpretação errônea e um uso equivocado da
lei, para o que agora possuímos uma terminologia adequada. Paulo foi pioneiro
quanto a esta difícil questão. Se fizermos a devida correção neste caso, não
seremos confundidos ou enganados com tanta facilidade por certa falta de precisão
nas declarações que por vezes encontraremos.” (C. E. B. Cranfield, The
International Critical Commentary, Romans, [O comentário crítico internacional,
Romanos] 1979, p. 853). Cranfield está certo, exceto quanto à sua especulação
acerca de ser o primeiro. Quarenta e três anos antes, Ernest De Witt Burton, em
seu clássico comentário de Gálatas, também deixou claro que no versículo em
questão “nomos” significa “legalismo” e não a Torá divina:
“Nomou é utilizada de
modo claro aqui (...) em seu sentido “legalístico”, indicando a lei divina apenas
como um sistema puramente legalista que se constitui de obrigações e funciona
na base da obediência ou desobediência, diante do qual o homem é aprovado ou
condenado em função de sua dívida e desprovido de qualquer graça. Isso é a lei
divina conforme definida por um legalista. No entendimento do apóstolo, essa
noção só tem validade na medida em que se constitui em um dos elementos da lei
divina, separado de todos os demais elementos e aspectos que constituem a totalidade
da sua revelação. Ao se fazer essa separação, a vontade de Deus e a sua
verdadeira atitude para com o homem são distorcidas. Por erga nomou Paulo quer
dizer atos de obediência para com leis formais executados em um espírito
legalista, na expectativa de conseguir com isso merecer e garantir a aprovação
e a recompensa divinas; obediência essa, em outras palavras, feita de acordo com
o entendimento da lei do Antigo Testamento pelos legalistas, por eles expandida
e interpretada. Embora nomos não existisse no sentido de ser equivalente à base
da justificação na lei divina, erga nomou, entretanto, existia de modo muito
real na forma de pensar e na prática de homens que concebiam a lei divina desta
maneira (...). A tradução dessa frase aqui e em diversos outros lugares
(...) por ‘as obras
da lei’ (...) é um grave erro das [versões que a apresentam].” (E. Burton, The International
Critical Commentary, Galatians, [O comentário crítico internacional, Gálatas]
1921, p. 120).
A frase “erga nomou”,
encontrada somente nos escritos de Sha’ul, é utilizada oito vezes e sempre em
relação a uma discussão técnica acerca da Lei, sendo três vezes aqui; em 3:2, 5
e 10; e em Rm
3:20, 28. Dois outros
usos de “erga” (“obras”) estão em estreita associação com a palavra “nomos”
(“lei”) – Rm 3:27,
9:32. Até mesmo quando ele utiliza “erga” de forma isolada, o significado implícito
em geral é o de “obras legalistas” (5:19; Rm 4:2, 6; 9:11; 11:6; Ef 2:9; 2Tm
1:9; Tt 3:5),
embora ele a use 17
vezes de uma forma neutra (Rm 2:6; 13:3, 12; 2Co 11:15; Ef 2:10; 5:11; Co 1:21;
1Tm 2:10; 5:10, 25; 2Tm 3:17, 4:14; Tt 1:16; 2:7, 14; 3:8, 14).
Minha conclusão é de
que em todos os casos “erga nomou” não significa atos realizados em função de
se seguir a Lei da maneira em que Deus planejou, mas atos realizados como
conseqüência de se perverter a Lei fazendo dela um conjunto de regras as quais,
supõe-se, podem ser obedecidas de forma mecânica, automática e legalista, sem
que se tenha fé, sem que se deposite a devida confiança em Deus, sem que se ame
a Deus e aos homens, e sem que se esteja no poder do Espírito Santo.
“Erga nomou”,
portanto, é um termo técnico cunhado por Sha’ul para atender de forma precisa a
necessidade acerca da qual Cranfield escreveu; uma expressão que fala de
legalismo e não da lei. No entanto, em razão do tema abordado por Sha’ul ser a
falta de compreensão e perversão da Lei em algo que nunca pretendeu ser, erga
nomou é, especialmente neste contexto, “obras legalistas relacionadas à Lei”,
exatamente como Burton explicou. Essa é a razão da minha tradução: observância
legalista dos mandamentos da Lei.
De modo semelhante, “upo
nomon” (“sob a lei”), que aparece cinco vezes nesta carta, jamais significa
simplesmente “sob a Torá”, no sentido de “sujeito às suas prescrições” ou de
“vivendo dentro de sua estrutura”. Antes, com apenas uma variação de fácil
explicação, é a forma curta de Paulo expressar “vivendo sob a opressão causada
por se estar escravizado ao sistema social ou à mentalidade que se origina
sempre quando a Lei é deturpada em legalismo”.
Pesquisadores
cristãos já discursaram de forma ampla acerca da suposta ambivalência do entendimento
de Paulo quanto a Lei. Seus esforços têm sido no sentido de demonstrar que, de algum
modo, ele conseguia abolir a Lei sem deixar de respeitá-la. Pesquisadores
judeus não messiânicos, elaborando sobre essa conclusão pretensamente correta e
fornecida de forma gratuita por seus colegas cristãos de que de fato Paulo
aboliu a Lei, tomaram para si a responsabilidade de demonstrar que a conseqüência
lógica do fato de Paulo ter abolido a Lei é que ele também não a respeitava, e
por isso teria removido a si próprio e a todos os futuros crentes judeus em
Jesus, do campo do judaísmo (a tão conhecida “bifurcação do caminho”). Deste
modo, judeus não messiânicos de orientação liberal dos tempos modernos também a
sua casquinha da situação reivindicando Jesus para si na qualidade de um
excelente mestre judeu, e ao mesmo tempo fazendo de Paulo o vilão da história.
Paulo, entretanto,
nesse caso, não era ambivalente. Para ele a Lei de Moisés era inequivocamente “santa”
e cada um de seus mandamentos “santo, justo e bom” (Rm 7:12). E de igual modo
eram as obras feitas em verdadeira obediência à Lei. Mas para que fossem
consideradas boas por Deus, as obras feitas em obediência à Lei tinham que
estar alicerçadas na confiança, e não no legalismo (veja Rm 9:30-10:10&NN).
Se mantivermos em mente que Lei não tinha nada de bom para dizer acerca do
pecado de se perverter a Lei em legalismo, e nada de ruim para dizer sobre a Lei
em si mesma, então as pretensas contradições quanto à sua visão da Lei simplesmente
desaparecem. Em vez de ser o vilão que destruiu a principal sustentação do
judaísmo, levando os judeus a se desviarem, ele é o mais autêntico expositor da
Lei que o povo judeu já teve, além do próprio Messias Jesus.”
Portanto, quando não
temos uma remoção da Lei por parte de Paulo, mas um indicação de não se estar
debaixo de um legalismo.
1.1 Legalismo e
radicalismo
Segundo a Palavra há
dois tipos de legalismo:
1- aquele que inclui
atribuir a justificação e salvação por meio de atos, ações, e até mesmo guardar
a Lei(Atos 13:39; Ef. 2:8-9; Rom. 3:28; Rom. 11:6 e Gal.2:16)
2- A outra maneira de
legalismo é atribuir o status de Lei do Eterno à dogmas e tradições de homens
(Deut. 4:2; Mc. 7:6-13);
Uma observação que
gostaria de acrescentar é que creio que há uma linha muito tênue entre o legalismo
e o radicalismo.Podemos achar que estamos sendo radicais pelo Senhor em prol de
um propósito, quando na verdade estamos tendo atitudes de legalistas.
Segundo o dicionário
Aurélio as definições para estas palavras legalismo e radicalismo são:
- Legalismo: “Apego,
ger. exagerado, a normas e procedimentos legais."
- Radicalismo: “Caracterizado
por falta de moderação, de transigência ou de flexibilidade na adesão a certas
ideias.”
Se repararmos veremos
alguma semelhança entre as definições, por isso creio também na linha tênue
entre estas ações. Precisamos estar atentos quanto a isto. Augusto Cury em seu
livro “Análise da Inteligência de Cristo – mestre da sensibilidade” diz que “ Toda
pessoa radical não consegue fazer uma leitura multifocal da memória e extrair
informações que lhe permitam pensar em outras possibilidades além daquela a
qual rigidamente pensa”
Obras da Lei
“ergon nomos”
Observância legalista
da Lei
Mas agora vejo
concernente a esta questão da volta á Israel,creio profundamente que a profecia
de Is 2.,2-3 e Mq 4.2 se cumprirá, ou seja as nações subirão a Jerusalém para
serem ensinadas nos caminhos do Senhor, pois de Sião sairá a Lei(tora) para os
povos da terra.
A Lei foi dada aos
filhos de Israel no deserto, num lugar amplo e aberto, que não pertence a nenhuma
nação, de modo que qualquer um que desejasse aceitar a Lei e seus ensinamentos
e mandamentos possa fazê-lo livremente.
Deixo uma citação
interessante de Apocalipse 14.12, a qual nos fala de um momento escatológico e nos
mostra os santos, ou seja, os que guardam os mandamentos do Senhor e se mantêm
fiéis a Jesus. Portanto os mandamentos não deixaram de existir, pois são para
sempre.(Sl 111.7,8)
“Aqui está a
perseverança dos santos, os que guardam os mandamentos de D’us e a fé em Jesus”.(Ap
14.12)