Em nossos dias existe um
numero avantajado de pessoas que parece pensar que alguém pode crer plenamente
em Jesus, e rejeitar o “Antigo Testamento”, devemos insistir com tudo que a
questão da nossa atitude para com o Antigo Testamento inevitavelmente suscita a
questão da nossa atitude para com o Senhor Jesus Cristo; se não acreditamos que
a Lei foi dada por Deus através de Moisés, mas apenas pensamos que tudo não
passou de uma astuta peça da legislação judaica, produzida por um homem que foi
ótimo líder e que obviamente tinha certas excelentes ideias acerca da higiene e
da saúde publica – se dissermos isso, então de fato estaremos contradizendo
frontalmente tudo quanto nosso Senhor e Salvador Jesus disse há respeito dEle
mesmo, da Lei e dor profetas.
Veja a expressão em Gálatas
4:4 vindo, porem a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de
mulher, nascido sob a Lei; Jesus o Filho de Deus veio e nasceu sujeito a Lei
como alguém que estivesse na obrigação de cumpri-la. E nenhuma outra
oportunidade Deus demonstrou mais patente o caráter absoluto e inviolável de
sua própria Santa Lei como quando sujeitou a ela o seu próprio Filho. Quando olhamos
para cruz na colina do calvário, qual é o significado disso? Bem, surgiram
novamente que se as nossas idéias não são claras sobre a Lei, então jamais
compreenderemos o significado da cruz. Existem pessoas que muito falam sobre a
cruz, mas fazem-no de uma maneira puramente sentimental, essa, porém, não é a
maneira certa de encararmos essas realidades, dizem os tais que todo propósito
da cruz é quebrantar nossos corações empedernidos; contudo não é esse o sentido
do ensinamento bíblico. O proposito da cruz não é despertar em nós algum senso
de compaixão, e nem de meramente uma exibição qualquer do amor de Deus. De modo
nenhum! A cruz só pode ser plenamente compreendida a luz da Lei; o que estava
acontecendo na cruz é que nosso Salvador Jesus o Filho de Deus estava recebendo
em seu próprio corpo a penalidade prescrita pela Santa Lei de Deus contra o
pecado humano. A Lei condena o pecado, e condenação por ela proferida é a morte
“... O salario do pecado é a morte...” (Romanos 6:23) a Lei determina que a morte
deve passar para todos quantos pecarem contra Deus e quebrarem sua Santa Lei. E
Cristo disse: não penseis que vim revogar a Lei ou os profetas; não vim para
revogar, vim para cumprir.
Outro fato importante que
merece a nossa atenção é o argumento do apostolo Paulo em Romanos 8:2-4 que nos
diz: Porque a Lei do Espirito da vida em Cristo Jesus te livrou d Lei do pecado
e da morte. Porquanto o que fora impossível a Lei, no que estava enferma pela
carne, isso fez Deus enviando seu próprio Filho em semelhança de carne
pecaminosa e no tocante ao pecado; e, com efeito, condenou Deus, na carne, o
pecado, afim de que o preceito da Lei se cumprisse em nós que não andamos
segundo a carne mas segundo o Espirito. Temos ai uma verdade importantíssima
que o apostolo Paulo vincula aqui duas coisas: A maneira pela qual nosso Senhor
cumpriu pessoalmente a Lei, e a maneira pela qual Ele cumpriu a Lei em nós; Ele
cumpriu a justiça da Lei e nós cumpri fazer a mesma coisa, esse dois aspectos
da questão não podem serseparado um do outro. Quanto a nós Cristo cumpre a Lei
outorgando-nos do seu Santo Espirito; e o Espirito Santo por sua vez, nos
infundiu o amor a Lei e o poder para obedecer a Lei. Em Romanos 8:7 diz: O penhor
da carne é inimizade contra Deus, pois não esta sujeita a Lei de Deus, nem
mesmo pode estar. Nós que temos recebido do Espirito Santo não somos assim, não
estamos em inimizade contra Deus, e, assim sendo, também estamos sujeito a Lei.
O homem natural odeia a Deus e não se dobra diante da sua Lei; mas o homem que
já tem Espírito ama a Deus e se sujeita a sua Lei; afim de que o preceito da
Lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito.
Cumpri-nos tomar consciência, portanto, de que todos esses aspectos da Lei
servem apenas de aio para conduzir-nos a Cristo; e que, por isso mesmo, devemos
acautelar para adotarmos algum falso ponto de vista da Lei. As pessoas que tem
uma falsa noção da graça; pensam que a graça é tãodistinta e diferente da Lei
que nada tem haver com ela. Essas opiniões e atitudes dessas pessoas que abusam
da doutrina da graça a fim de levarem uma vida religiosa pecaminosa, indolente
e frouxa; tais pessoas dizem: não estou debaixo da Lei mais da graça. Portanto,
não importa o que eu faça. Paulo escreveu em Romanos 6 justamente para tratar
da questão “E dai? Havemos de pecar porque não estamos debaixo da Lei, e, e
sim, da graça? De moto nenhum. Aquele é um ponto de vista radicalmente errado e
falso da graça divina. O PROPÓSITO INTEIRO DA GRAÇA, EM UM SENTIDO, É APENAS
CAPACITAR-NOS A OBSERVAR A LEI. A dificuldade que nos cerca é que com exagerada
frequência adotamos uma perspectiva errada da Santidade quanto a esse
particular. Nada existi de mais fatal do que alguém considerar a santidade e a
santificação como experiências que devam ser recebidas. Não, pois ser santo
significa ser reto, e ser reto significa guardar a Lei; por conseguinte se a
suposta graça que você concebe (e que afirma haver recebido) não o leva a
guardar a Lei, então isso significa que você não recebeu a graça; talvez você
tenha recebido alguma experiência psicológica, mas não a própria graça de Deus.
No que consiste a graça? Naquele maravilhoso dom de Deus que, tendo libertado
um individuo da maldição da Lei, agora dá-lhe forças a observar a Lei e a ser
reto, assim como Cristo era reto, porquanto guardou a Lei com toda perfeição. A
graça é aquilo que me impulsiona a amar a Deus; e se eu amo a Deus, então meu
grande anelo é observar os seus mandamentos. Cristo mesmo disse: Aquele que tem
os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama. (João 14;21).