Powered By Blogger

Quem Somos

Pesquisar este blog

sexta-feira, 22 de maio de 2015

Duas Alianças?

O pensamento de uma aliança, um povo, Um Deus, uma palavra é um pensamento difícil para os cristãos (ou a teologia sistemática), mas no contexto hebraico das Escrituras é muito simples, pois está na sua originalidade.
De início precisamos compreender que o Eterno é Um.
Deut. 6:4 Ouve, Israel, o Eterno é nosso Deus, o Eterno é Um.
“Jesus veio restaurar a aliança quebrada e não trazer outra aliança, quando em Jr 31:31 ou Hb8:8,onde se trata da chamada nova aliança com a casa de Israel e a casa de Judá”, esta palavra” nova” se refere a “restauração” da aliança já existente do Sinai com Israel (tanto naturais como não naturais reunidos no monte).
Jr 31.31 -Eis aí vê dias, diz o Senhor, em que firmarei nova (restaurada- chadash) aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá.
E quando no texto de Hebreus se refere a primeira e segunda aliança não é com respeito a alianças diferentes, mas sim de TEMPOS DIFERENTES, mas a aliança é a mesma, o povo é o mesmo, o propósito é o mesmo e a Noiva é a mesma.
E no final do texto diz assim:
Hb 8. 12  -Pois, para com suas iniqüidades, usarei de misericórdia e dos seus pecados jamais me lembrarei.
Logo, notamos que Deus está falando de um tempo em que houve iniqüidade e desvio, e esta aliança não é outra, mas é o renovo da aliança já existente, onde não se lembrará do desvio ocorrido no tempo passado, mas os laços matrimoniais são renovados assim como na figura do profeta Oséias e o seu casamento com uma prostituta, ou seja, Deus restaura a aliança matrimonial com aquela que se prostituiu com outros.
Veja a palavra de Deus ao profeta Oséias, que há restauração da ALIANÇA e NÃO outra ALIANÇA com seu POVO.

Os. 2.2-23 -porque sua mãe se prostituiu; aquela que os concebeu houve-se torpemente; porque diz: Irei após os meus amantes, que me dão o meu pão e a minha água, a minha lã e o meu linho, o meu óleo e as minhas bebidas. E naquele dia, diz o Senhor, ela me chamará meu marido; e não me chamará mais meu Baal.
17. Pois da sua boca tirarei os nomes dos baalins, e não mais se fará menção desses nomes.
18. Naquele dia farei por eles aliança com as feras do campo, e com as aves do céu, e com os répteis da terra; e da terra tirarei o arco, e a espada, e a guerra, e os farei deitar em segurança.
19. E desposar-te-ei comigo para sempre; sim, desposar-te-ei comigo em justiça, e em juízo, e em amorável benignidade, e em misericórdias;
20.e desposar-te-ei comigo em fidelidade, e conhecerás ao Senhor. E semeá-lo-ei para mim na terra, e compadecer-me-ei de Lo-Ruama; e a e Lo-Ami direi: Tu és meu povo; e ele dirá: Tu és o meu Deus

Os. 3.1-5 -Disse-me o Senhor: Vai outra vez, ama uma mulher, amada de seu amigo, e adúltera, como o Senhor ama os filhos de Israel, embora eles se desviem para outros deuses, e amem passas de uvas.
2. Assim eu comprei para mim tal mulher por quinze peças de prata, e um hômer e meio de cevada;
3.e lhe disse: Por muitos dias tu ficarás esperando por mim; não te prostituirás, nem serás mulher de outro homem; assim também eu esperarei por ti.
4. Pois os filhos de Israel ficarão por muitos dias sem rei, sem príncipe, sem sacrifício, sem coluna, e sem éfode ou terafins.
5. Depois tornarão os filhos de Israel, e buscarão ao Senhor, seu Deus, e a Davi, seu rei; e com temor chegarão nos últimos dias ao Senhor, e à sua bondade.

Quando Jesus estava na ceia de Páscoa, Ele diz “este é o sangue da aliança”, de que aliança Ele estava falando? Naquele momento Jesus estava repetindo as palavras de Moisés no Sinai.

Ex 24.8 -Então tomou Moisés aquele sangue, e espargiu-o sobre o povo e disse: Eis aqui o SANGUE DA ALIANÇA que o Senhor tem feito convosco no tocante a todas estas palavras.(Torah)

Esta aliança diz respeito à aceitação do contrato de chamado Lei (Torah), o povo aceitou o contrato, mas depois rejeitou seguindo outros maridos. E Jesus diz acerca do seu sangue: ”este é o sangue da aliança”, fazendo menção à aliança do Sinai, aqueles que estavam com Ele no jantar de Páscoa sabiam muito bem do que ele estava falando, da restauração da aliança e da unificação de Israel, dita em Jr. 31.31.
Esta divisão de testamentos e alianças foi algo feito pela IGREJA CRISTÃ UNIVERSAL ROMANA, e se evidencia mais no ensino de Marcião, no séc. II. Ele dizia que havia dois DEUSES, um deus do VELHO TESTAMENTO, o qual era ruim criador das leis judaicas, e um deus bom do NOVO TESTAMENTO, o qual era misericordioso, e ele ensinava que somente o novo testamento servia para igreja “cristã”, e assim criou-se uma divisão.
E a Igreja Católica Cristã, nasceu em um seio antissemita, e centro da “Teologia da Substituição” mais evidenciada por “Agostinho”, o qual dizia que Israel foi substituído pelo “cristianismo” nos planos de “deus”, agora era a Igreja Cristã que era a detentora dos planos de “deus” na terra e não mais Israel. E assim acabou-se dividindo mais, e segundo o pensamento “cristão” o Velho Testamento diz respeito a Israel, e o Novo Testamento está relacionado a Igreja Cristã. E esta divisão veio de homens e não do Deus de Israel. Os escritos dos discípulos do 1º séc. não é uma nova historia contada por eles ou criada por Jesus, mas é o relato de como a comunidade do 1º séc. vivia a Lei e os Profetas na pessoa de Jesus. E quando em seus escritos eles se referem às Escrituras eles estão dizendo da Lei e dos Profetas, essa sempre foi as Escrituras para os apóstolos e Jesus.
Esta divisão acaba distorcendo o discernimento do REINO e dos propósitos de DEUS.
Nada ainda mudou. Nem um til ou traço da Lei e dos Profetas foi removido. Não há uma divisão de testamentos.
A primeira vinda do Messias não alterou a ordem na terra, somente na sua segunda vinda é que alterá a ordem.
O Reino não se estabelece agora, e nem o Sacerdócio do Reino se exerce agora. Os filhos nascem depois do casamento e não ao contrario. O sacerdócio é estabelecido quando a Casa Espiritual estiver estabelecida e não antes.
A restauração da aliança ainda não está vigorando. Deus neste momento está chamando o povo para restaurar a aliança, para ser vigorada nas BODAS DO CORDEIRO, ou seja, no casamento, onde a aliança matrimonial é renovada com a aceitação do contrato de casamento (Torah).
Então confirmará o casamento proposto no Sinai, onde o povo (a Noiva) assumiu um compromisso de fidelidade com o Noivo até o dia do casamento dizendo:

Êx 19.8 -Então todo o povo respondeu a uma voz, e disse: Tudo o que o SENHOR tem falado, faremos. E relatou Moisés ao Senhor as palavras do povo

A Noiva disse sim para o Noivo, para então se casar nas Bodas do Cordeiro.

Ap. 19.7   -Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e demos-lhe glória; porque vindas são as bodas do Cordeiro, e já a sua esposa se aprontou.
Ap. -E veio a mim um dos sete anjos que tinham as sete taças cheias das últimas sete pragas, e falou comigo, dizendo: Vem, mostrar-te-ei a esposa, a mulher do Cordeiro.
10. E levou-me em espírito a um grande e alto monte, e mostrou-me a grande cidade, a santa Jerusalém, que de Deus descia do céu.